As listas e a lei da paridade

Na recta final de apresentação das listas, têm havido umas mudanças de última hora, substituições, "dispensas", contratações, subidas e descidas. Para a semana, acabam todas as conjecturas e já teremos listas definitivas e fechadas.

Uma das dificuldades das candidaturas tem sido obedecer á lei da paridade. Diz esta lei que as listas têm de ter um mínimo de 1/3 dos candidatos de cada um dos sexos, não podendo as listas ter mais que dois elementos de um sexo seguidos, tendo que intercalar com um elemento do sexo oposto.

Quer isto dizer que quem cumprir com esta lei terá de levar uma mulher nos 3 primeiros da lista, normalmente lugares teoricamente elegíveis. Falo em mulheres porque esta lei foi feita para nos proteger e para potenciar a participação cívica e política do sexo feminino.

Ainda não tomei posição relativamente a esta lei. Só depois das eleições acho que se poderá dizer se correu bem ou não.

O que não acho certo é serem utilizadas "testas de ferro" mulheres, fantoches políticos, colocados forçadamente em alguns lugares, completamente desfasadas, unicamente para cumprir com a lei da paridade. E ainda pior é desconfiarmos que esses elementos, a serem eleitos, renunciarão a favor dos homens que as sucedem nas listas.

pdn

Ps-é bom voltar à blogosfera; a minha vida pessoal e profissional não mo permite fazê-lo tanto quanto eu gostaria; agora apenas posso dar uma perninha em substituição do meu sócio, em gozo de férias. Sublinho que a blogosfera continua viva, em franco crescimento, a reinventar-se e a reanimar-se de dia para dia. Terá um papel cada vez mais importante na sociedade e, não posso deixar de dizê-lo nesta altura, na política local. Faço votos para uma utilização responsável, com bom senso, humildade, compreensão e também humor, de quem escreve e lê estes “instrumentos”. bjs.