10/07/2009

Ainda o Largo das Eiras

Olá a todos,

Esta questão do Largo das Eiras ainda vai dar pano para mangas. Parece evidente que:

- a maioria da população não sabe a mínima do que se anda a passar;

- a maioria que sabe e que anda informada é contra aquela obra, principalmente nos moldes em que se pretende avançar com isso, com total desconhecimento do assunto por parte da população e uma recusa sistemática em serem prestadas informações pela Junta e Câmara;

- membros da Assembleia de Freguesia e da Assembleia Municipal, inclusivamente que apoiaram os ICA’s há 4 anos, são contra isto;

- as listas candidatas à Junta de Freguesia, com excepção da dos ICA’s, são contra isto;

- as listas candidatas à Câmara, com excepção da dos ICA’s, são contra e defendem que deve ouvir a população e, de qualquer maneira, esperar-se por um novo mandato para se decidir alguma coisa.

Além disso, faltam perto de 3 meses para terminar o mandato dos ICA’s. Esperamos que não venham agora com um golpe de teatro de avançar, às escondidas, com estas obras e projectos, criando uma situação consumada, deixando de mãos atadas o próximo executivo municipal (que até podem ser eles ICA’s).

Se isso acontecer, será extremamente desonesto intelectualmente e politicamente do mais rasca que há.

E, os mindericos que apoiarem essa jogada, incluindo-se aqui as colectividades, deverão ter vergonha na cara. Se querem isto, ao menos façam-no da maneira correcta, às claras e com respeito pela democracia e pela população de Minde.

É um princípio geral na vida das entidades colectivas e principalmente nas entidades públicas, que no final dos mandatos as decisões mais importantes ou polémicas não são tomadas nessa altura, sendo deixadas para os decisores e para os mandatos seguintes.

Há inclusivamente leis que regulam esse aspecto, sendo um princípio geral.

Por exemplo, foi isso que o governo PS fez agora com as grandes obras públicas, o Aeroporto e o TGV. Sabendo que a oposição está contra e que dentro de 3 meses há novas eleições, onde poderão renovar a legitimidade, decidiram – e bem – deixar essa decisão para o governo que estiver em funções a seguir a Setembro.

O mesmo deverá fazer este executivo municipal. Isso é um imperativo ético e um mínimo de respeito que deverão ter por Minde, pelas oposições, pela população e por eles próprios.

Espero que o contrário não aconteça, obrigando, quiçá, o executivo municipal que entrar em funções a ter que revogar decisões tomadas por este.


Espero também que os candidatos à Câmara tomem uma posição definida sobre este assunto:

- se estão a favor, mesmo não sabendo o que está em jogo;

- ou estão contra, preferindo ouvir a população, outras alternativas e, no mínimo, conhecer o que está em cima da mesa.

3 comentários:

vmcs disse...

O grande problema é que há pessoas em Minde que não gostam de jardins e espaços de lazer. E tanto não gostam que o Jardim da Casa Açores está fechado há mais de 80 anos.
Vamos ver se com a abertura do Museu da Aguarela passa a estar aberto ao público.

Anónimo disse...

Uns querem jardins + sedes. Outros só querem sedes.

Anónimo disse...

Já que me tiraram a grande Tília do outro largo, puseram cercas de pimenteiros e ruas com calçadas desniveladas onde a cada momento se tropeça, porque não fazer um bonito jardim no largo das eiras? Isso, para poder passar a minha (vossa) velhice numa cadeira de rodas,(mas há sombra) por causa dos pimenteiros, ruas desnivelas , acessos sem rampas e tudo o mais que se calhar me obrigaram a ir para a cadeira, não do poder, mas de rodas,ou será da idade? .Façam alguma coisa de geito,já que o geito não se aprende,faz-se, pensa-se e constrói-se. Quem quiser saber quem sou, é só perguntar...eu direi! Tenho costas largas por enquanto.Abraços talvez depois,no JARDIM DAS EIRAS.Até lá