Na sequência de um e-mail que recebemos, opino acerca da mais que provável reordenação nas autarquias locais em Portugal que aí vem, até por ser imposição do triunvirato que agora nos irá governar até 2013/14 (FMI, UE e Banco Europeu).
Julgo que terá maior incidência nas freguesias do que nos concelhos. De qualquer forma, dada a história, cultura, meio socioeconómico, concelhos envolventes, n.º de eleitores e população e, claro, a pouca vontade de PS e PSD de mexerem nisto, o concelho de Alcanena provavelmente será poupado a uma fusão com um concelho limítrofe (que seria Torres Novas). Em Santarém as atenções recairão nos seguintes concelhos, que, a haver coragem, deverão integrar-se noutros: Entroncamento, Barquinha, Constância, Alpiarça, Sardoal e Golegã.
Mas, no concelho de Alcanena existem 10 freguesias, muitas delas com um território e população muito reduzidas, sem qualquer fundamento para a sua existência. É chocante o caso das seguintes 3 freguesias, que todas somadas têm apenas 1.827 eleitores e que distam umas das outras meia-dúzia de quilómetros: Malhou, Espinheiro e Louriceira.
Os edifícios das Juntas de Freguesia do Malhou e da Louriceira estão separados, em linha recta, por 1.200m...! Basta ver no mapa como tudo isto não faz hoje muito sentido. É igual à distância entre a rotunda no fim da Avenida de Minde, onde está o stand de automóveis, e o Restaurante do Macaco...
São 3 freguesias necessariamente a fundir numa só. Com esta simples alteração e que parece óbvia, o concelho passaria já de 10 freguesias para 8 freguesias. Isto não tem nada contra essas freguesias e as suas gentes. Mas não dá como fugir a esta realidade. E de resto, até penso que só terão a ganhar em ficarem os serviços da freguesia centralizados, até do ponto de vista da relação com a Câmara.
Por enquanto, não será aconselhável ir mais além, muito embora facilmente se chegariam às 5 freguesias no concelho de Alcanena...
