11/04/2007

conversas de café

Há uns tempos, um amigo meu comentava num café: mas afinal, que é que Minde precisa agora? Está assim tão necessitada de coisas? Tem piscinas, mercado, escolas, parque de jogos, com um pavilhão novo e moderno e dois campos de futebol relvados, tem um lar da 3.ª idade e uma creche, a canalização está a acabar de ser instalada, a zona industrial finalmente arrancou. O CAORG, a Banda, a Caritas e outras instituições de relevo continuam a sua actividade. Há actividade de cariz social e humanitário.

O Jornal de Minde está aí para durar, enquanto quem lá está se aguentar. Há um Portal na internet, depositário de dados e conhecimento da vila que fazem corar de inveja portais de grandes cidades. Os passeios foram construídos, as rotundas também e a vila sofreu uma extensa (discutíveis os seus méritos) renovação urbana, que alterou o tráfego dentro do centro histórico da terra. Há um bar da internet, há largos anos uma paragem do expresso, vários serviços.

Temos um cine-teatro e, muito importante, um grupo de teatro implantado, em grande actividade e que vai registando novas adesões. Agora também temos um núcleo de escuteiros. E temos muitas mais coisas.

A sociedade civil de Minde cada vez se mexe mais. Em 2006, assistimos à recuperação da capela do cruzeiro, à recuperação do posto de turismo, à continuação do projecto Jazz Minde, à festa no largo do Estaminé, aos torneios de futsal, etc, etc, etc.

Então, dizia o meu amigo (de outra terra, claro), mas afinal, o que é que vocês precisam?

De muita coisa, respondi eu. Uma terra que se contente com o pouco que já tem, está condenada a definhar...

Mas há uma coisa em que ele tem razão. Minde está quase a entrar na fase em que necessita é de uma visão, de um impulso, de um booster que a leve a avançar, a dar um salto qualitativo, principalmente cultural e social e traga grande retorno, a nível de notoriedade da terra e a nível económico. De um evento ou conjunto de eventos que a façam aparecer no mapa. Do que necessitamos agora é de líderes que consigam criar ou pensar numa ruptura, que apoiem uma ideia inovadora, algo que nos faça crescer.

Bilbao teve o seu museu. A Figueira da Foz um torneio de futebol de praia. O Marco de Canavezes uma Igreja com grande apuro arquitectónico que desencadeou um movimento de expansão da terra. Outras terras têm um festival de qualquer coisa conhecido, algo que faz as pessoas pensarem na terra e em visitá-las. Algo que, sendo mais que uma comum indústria, seja um algo que crie postos de trabalho e dê retorno económico.

À primeira vista, poderemos ter um cluster na natureza. Na mata, nas serras, no parapente, nas grutas. Nos passeios de montanha. Na fotografia, etc, etc. Na cultura. Não sei se será por aqui, mas acho que Minde – e o mesmo é válido para o concelho de Alcanena – já merecia alguém para liderar e apoiar uma coisa destas, mesmo que ela parta da sociedade civil.

Pensar Minde

ps.: Está aí um projecto que poderá ser um verdadeiro cluster para a região: o NATURA MINDE, já a ser anunciado no blog Xarales, do Pedro Micaelo. Esta ideia, combinada com outros projectos que andam a circular por Minde, poderia transfigurar a nossa zona.

04/04/2007

o estado das coisas

Pedia a todas as pessoas com responsabilidades no concelho de Alcanena e na freguesia de Minde, mesmo os membros da sociedade civil, para lerem com atenção os artigos no Jornal de Minde assinados por dois Mindericos incontornáveis, Agostinho Nogueira e Rogério Venâncio. E, já agora, também o desabafo de 1 de Abril de Vítor Coelho da Silva, no minderico.com.

Tudo isto começa a assumir contornos de caricatura.

Não há ninguém que queria explicar as últimas acções e omissões de quem por aqui nos vai (des)governando?

É preciso ponderar seriamente nisto tudo. Andam pessoas a gozar à fartazana com Minde, permitam-me o exagero.

Penso que não será necessário apontar na rua e escarnecer de quem escolheu e votou neste elenco partidário, ou de quem, de tantos e tantos Mindericos, resolveu colocar na freguesia o actual trio...
Mas acho que já vai sendo tempo de se começarem a enviar alertas para todas as entidades com responsabilidades e que possam fazer algo em relação a este estado de coisas.
Pensar Minde

27/03/2007

grandes portugueses

No domingo foi a grande final do programa ‘Grandes Portugueses’, na RTP.

À mesma hora, na TVI, dava o reality show ‘As belas e os mestres’. Ora, o share de audiência da TVI foi o dobro, nesse período, do da RTP!!!
Isto é que é um facto para nos deixar preocupados, e não o concurso que elegeu um ditador, um projecto de ditador e um senhor que sofreu muito às mãos do poder apenas por ter feito o bem (uma história clássica, portanto)!

Podem-se apontar todos os defeitos ao concurso. Até podemos gritar histericamente, qual Odete Santos. O que temos de admitir é que o concurso nos pôs a olhar para a história, a relembrar a história, a discutir Portugal. E serviu também para colocar a nu uma das maiores evidências de Portugal no pós-25 de Abril, quiçá culpa dos camaradas da Odete Santos: o falhanço da educação.

Quanto à eleição, obviamente Salazar e Cunhal, não obstante serem grandes Portugueses, não mereceriam estar nos 10 primeiros, até pelo pouco tempo que passou para os avaliar (actos maus esquecem-se depressa, e os bons perduram e são aumentados, note-se...). No séc. XX, se houve alguém que foi decisivo para Portugal pela positiva foi Mário Soares que, curiosamente, combateu aqueles dois e que eventualmente poderia ter estado nestes 10 primeiros (o 12.º lugar é extremamente honroso e penso que correcto).

O meu voto:
  1. Luis de Camões
  2. D. Afonso Henriques
  3. D. João II
  4. Infante D. Henrique
  5. Marquês de Pombal
  6. D. Manuel I
  7. D. Dinis
  8. Santo António
  9. Fernando Pessoa
  10. Nuno Álvares Pereira

Outros: Aristides de Sousa Mendes, Mário Soares, Vasco da Gama, Amália, D. João I, Afonso de Albuquerque, D. João IV, etc.

Pensar Minde

06/03/2007

A energia eólica para Minde e Alcanena

Aquando das eleições para Câmara e Junta falou-se muito da possibilidade da implantação de um projecto para a criação de energia eólica na freguesia de Minde. Já antes algumas pessoas tinham abordado esta questão (penso que no portal minderico estão alguns comentários/artigos). Como é habitual nestas alturas, o assunto caiu rapidamente após as eleições.

Muito desconhecimento rodeia esta questão, o que foi evidente nos debates no cine-teatro de Minde. Todos os candidatos se referiram a isto, dado ser um assunto porreiro para se falar em eleições e porque não ficaria bem não mandar uns bitaites (este desconhecimento alargou-se a todo o público, aos candidatos e ao coordenador do debate; a única excepção terá sido o Ricardo Nogueira, do PCP, que está inserido em grupos ambientalistas).

No fim de contas, o assunto morreu porque parece que o PNSAC não deixa fazer-se nada.

É pena. Sinceramente desconheço se é assim. Fazia jeito termos um projecto destes aqui na zona. Por exemplo, na serra por cima da auto-estrada, nas antenas, dava um jeitão, até porque aquilo está tudo ardido e desertificado. Nem os bichinhos por lá andam...
Poderia perfeitamente estabelecer-se um protocolo com a empresa implementadora do projecto que a obrigasse a reflorestar aquela área.

Deixo aqui alguns números, para reflexão, acerca de parques de energia eólica em Portugal e em 2005:

- As empresas de energia eólica são obrigadas a pagar aos municípios em cujos terrenos instalem parques eólicos uma renda mensal de 2,5 % (valor anual) sobre o volume de negócios (podendo ser atribuída, no todo ou em parte, às freguesias)
- Fixação de renda obrigatória para os proprietários rurais (donos dos terrenos)
- Criação de emprego: 20/22 trabalhadores por MW instalado
- Receitas dos municípios (2005): 5 milhões euros
- Receitas dos proprietários(2005): 3,5 milhões de euros

Valerá a pena pensar nisto?


Pensar Minde

21/02/2007

ZIM

Um amigo enviou-me este ficheiro. Não consigo colocá-lo aqui todo. São 24 processos de expropiação intentados pela Câmara Municipal de Alcanena em Janeiro de 2007.
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Pensava que isto já estava mais que resolvido. Também não sei se isto é só um formalismo legal obrigatório, de ratificação ou assim, depois de as partes terem chegado a acordo...
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O que sei é que já se passaram anos, muitos anos...
E também sei que no extremo norte do concelho, ao pé da auto-estrada antes de Boleiros, do nada surgiu um zona industrial pujante e com vários atractivos.
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Além dessa, à nossa volta há montes de sítios para instalar empresas de vários tipos.
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No fim disto tudo, quando a ZIM estiver pronta a receber empresas, estas ainda vão levar com atrasos burocráticos, um IMI e uma derrama absurdas, e um preço por m2 de terreno elevado.
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Proposta: e que tal criar-se um "prémio" para as empresas que se irão instalar na ZIM?
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pensar Minde

13/02/2007

Florestação - Câmara de Alcanena

FLORESTAÇÃO DE ÁREAS ARDIDAS E/OU INCULTAS

A Câmara Municipal de Alcanena irá promover a entrega de espécies florestais com o intuito de se proceder à reflorestação de áreas percorridas por incêndios e/ou incultas.
Os interessados deverão contactar a Junta de Freguesia.
Os terrenos deverão estar preparados para que a plantação decorra durante o mês de Fevereiro de 2007.
Alertamos que o número de árvores é limitado.
Esta iniciativa da Câmara de Alcanena só peca por tardia. Está de Parabéns. Esperemos que a iniciativa seja amplamente divulgada e que a Junta de Freguesia de Minde tome a dianteira nesta iniciativa.
Até porque o nº de árvores é limitado...
Pensar Minde

Um apontamento sobre o aborto

Os resultados em Minde:
Da análise dos resultados em Minde resultará uma mudança? Há oito anos, o NÃO tinha ganho com uma diferença de 303 pessoas para o SIM. Agora, ganhou por 59 votos.
Mas, em termos absolutos, e porque há 8 anos tinha havido uma grande abstenção, o NÃO acaba por até ter mais votos...

Um grande ponto positivo foi a afluência de Mindericos ás urnas. Mais de 50% votaram, numa clara evolução desde o último referendo. Desta vez votaram 1465 pessoas (abstenção 48,6%), contra 1133 em 1998 (abstenção de 59,8%).

O NÃO, infelizmente, continuou a ganhar em Minde. Estou certo que as razões últimas desta vitória radicam na idade da população, em sectores conservadores ligados á igreja e á já costumada ligação partidária conservadora que algumas excelências mantêm e fazem questão de, em todas as eleições, sublinhar.

Não posso deixar de sublinhar o facto de os partidários do NÃO em Minde, por motivos mais egoístas e hipócritas que pudessem ter, nem uma linha deixaram escrita a defender a sua tese. Apenas as páginas centrais do jornal de Minde, anónimas e enviadas de algum sítio para ali serem publicadas...

NADA.
E, mesmo em público, os partidários do NÃO Minderico limitavam-se a abanar a cabeça, sem grandes argumentos e chegando ao cúmulo de referir que estas coisas até nem interessam para nada...!

Simplesmente vergonhoso. Agora já o posso dizer. Partidários do NÃO, só respeito aqueles que o são por razões profundas, filosóficas, religiosas e muito amadurecidas.

Todos os outros, todas as outras razões, não valem NADA! Todos os outros argumentos são facilmente rebatíveis e provém de pessoas que não reflectiram minimamente sobre o assunto ou são, muito simplesmente, parvas. E o pior são aqueles que nas suas casas já o fizeram, muitas vezes com recursos, mas acham que os outros são por natureza irresponsáveis e que as suas razões são sempre melhores que as dos outros e portanto temos de votar não...

O que vale para mim, não vale para os outros...
Deplorável!

bjs Mindericos
Polge do Ninhou

ps: quando sair o Jornal de Minde do próximo mês, poderemos ver a discriminação dos votos pelas mesas de voto, e analisar, por exemplo, como foi o voto no covão (não de certeza, dada a modernidade das gentes...) e vale alto e nos mais jovens.

ps 2: consulte os resultados aqui:
http://www.minderico.com/minderico/artigo.asp?cod_artigo=178130

e aqui:
http://minde-online.blogspot.com/2007/02/referendo.html

os resultados de 1998 aqui:
http://debater-minde.blogspot.com/2006/12/o-referendo-ao-aborto.html

12/02/2007

Um dia feliz

Hoje é um dia feliz.

Portugal deu um salto em direcção ao séc. XXI.

Estamos todos de parabéns.

Polge do Ninhou

05/02/2007

o referendo é já no domingo - Não esquecer

Dia 11 (domingo) não se esqueça de ir votar.

E vote no sim.

Diga não aos abortos clandestinos. Ao abandono das mulheres. Aos cuidados para-médicos dignos de países de 3.º mundo. Aos 1400 internamentos, só em 2006, por complicações pela prática de aborto clandestino.

Ajude a pôr fim a uma das maiores vergonhas existentes em Portugal, que afasta as mulheres de todo o apoio possível e que, como se sabe, faz aumentar o nº de abortos em Portugal.

Abandone os lirismos e as hipocrisias daqueles que vêem com talas nos olhos. Que querem impor-se à força e pela força aos outros. Que desprezam vidas e direitos em favor de vidas e direitos que eles melhor qualificam. aqueles que querem fazer dos outros parvos e das leis figuras decorativas. Que não se importam com os nºs e estatísticas, porque para eles está tudo bem e não há que mexer em nada. Que são contra a penalização das mulheres pela prática de abortos até às 10 semanas, mas votam contra uma lei que virá resolver este flagelo.

Vote sim, e ajude Portugal a dar um salto de civilidade.

ps: desculpem este assomo de propagandismo facilitista. É que, tão perto de isto tudo se resolver, todos somos poucos para tentar "ganhar" um direito que nem deveria estar sujeito a discussão.

30/01/2007

Junta de Minde embargada

Notícia de última hora:
Alguém explica porque é que a nossa JUNTA DE FREGUESIA acordou hoje toda atravancada, com panos e ferros a impedirem a entrada?

Ao que parece, durante a noite estes utensílios foram transferidos da 'obra da vergonha' na praça do Estaminé, para umas acomodações mais distintas: a porta da Junta.

Senhores Presidentes da Junta e da Câmara, o povo é sereno, mas já vai sendo altura de resolverem a vergonha que é o embargo da obra. Ninguém vos vai pedir que decidam pelo Tribunal ou que dêem razão a alguma das partes.
Mas será muito pedir que desimpeçam a via enquanto a questão não se decide? Será muito pedir-lhes que exerçam o mandato para que foram eleitos, sem com isso violar qualquer ordem judicial ou ferir susceptibilidades?
Polge do Ninhou
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Actualização: Para mais informação e fotos, consulte: http://www.minderico.com/minderico/artigo.asp?cod_artigo=178037
Ao que parece, todo o imbróglio tem de ser imputado ao Tribunal de Alcanena e não à Câmara, que já lhe pediu esclarecimentos acerca disto. Sr. Presidente, parece-me que os Tribunais têm prazos para se pronunciarem. E, nestas matérias, o interesse público sobrepõe-se e pode ser invocado. (Pensar Minde)

21/01/2007

II Torneio 24 horas futsal Minde

Foi um sucesso a II edição do Torneio 24 horas Futsal de Minde. A secção de futsal do VFCM está de parabéns, pois o torneio correu muito bem. O bar também funcionou bem e foi um ponto de convívio durante todo o fim-de-semana.

Quanto ao torneio propriamente dito, a equipa vencedora, numa final disputada até ao último minuto com a Minderica ‘BABBA TEAM’, foi a ’ARCOS DE FÁTIMA’.

Em 3º e 4º classificaram-se a ‘CS TEAM’ e a ‘SÁBADO À TARDE’.

As outras equipas bateram-se muito bem. A única nota que destoou foi a ausência e desclassificação de uma equipa, que não apareceu. Num torneio com inscrições limitadas (10), não fica nada bem.

O prémio disciplina (fair-play) foi ganho pelos ‘BOMBEIROS DE MINDE’, numa classificação que suscitou muita polémica, porque parece que as bancadas queriam que o prémio fosse dividido com a equipa do ‘BARRACO’. A disputa acabou por alastrar ao bar, onde, no meio de várias (muitas) minis, a organização decidiu atribuir definitivamente o prémio, dando uma menção honrosa para o ‘Barraco’. Também achámos bem.
O prémio de melhor guarda-redes foi para Ricardo Costa, da ‘Sábado à Tarde’, e a de melhor marcador para um jogador da ‘Arcos de Fátima’.

A actuação dos árbitros foi muito boa, tendo estes sido aplaudidos pelas bancadas aquando da entrega dos prémios, que esteve a cargo do vereador da Câmara de Alcanena, João José, do presidente do VFCM e do Tozé Branco, presidente da assembleia municipal.

Para o ano há mais.

nota: este artigo teve a ajuda de um amigo mais conhecedor destas matérias. Um grande parabéns também do Debater Minde à organização do torneio.

15/01/2007

No próximo fim-de-semana: II Torneio FUTSAL 24 horas de Minde

É já este fim-de-semana que se realiza a 2ª edição do torneio 24 horas de futsal de Minde.

Para quem não sabe, este é um torneio de futebol salão, jogado no novo pavilhão de Minde, que começa na 6ª-feira às 8 horas da noite e acaba no domingo.

O ano passado as equipas eram constituídas maioritariamente por grupos de amigos e colectividades de Minde. Este ano, as coisas parecem que estão a ficar mais competitivas e já há mais equipas de fora e menos colectividades a concorrer. Desde logo, nota-se a falta da equipa da BANDA, que no ano passado foi a equipa mais bem disposta do torneio.

Uma palavra de aplauso para a secção de futsal do VFCM, que é a organizadora do torneio, sendo ajudada por várias pessoas. Minde precisa de mais iniciativas dessas.

A quem puder, vá lá aplaudir os jogadores e beber qualquer coisa ao bar montado no pavilhão.

pensar Minde

07/01/2007

€ 10.000 contra o betão nas Eiras

Na última edição do Jornal de Minde, um anónimo, que arrisco que seja um considerado, distinto e insuspeito ‘Prof.’ de Minde, ofereceu 10.000 € (2 mil contos) para não se fazer a já famosa e secreta construção no Largo das Eiras de Minde...!!

Um aplauso à iniciativa. Um aplauso também ao Jornal de Minde. Outro aplauso a quem sempre se bateu contra isto e alertou a população e ainda outro para quem já deu a sua opinião.

Uma grande vaia para quem está metido nesta farsa e nem tem a honestidade, coragem e educação de informar os Mindericos acerca deste assunto.

Publicamente, ninguém sabe que construção é esta. Quem a está a fazer. Quem a vai financiar. Não se sabe de nada.

O que se sabe é que houve reuniões secretas entre 3 entidades: o CAORG, a BANDA e a CÂMARA DE ALCANENA. E que estas reuniões tiveram o apoio da JUNTA DE MINDE.

Parece que há um protocolo para ser assinado. E o que corre é que a BANDA já não o vai assinar.

Eu pergunto. Mas que protocolo? Já alguém, exceptuando os distintos membros dessas instituições, o leu?!
Já foi posto a discussão pública?

Por outro lado, não se vê ninguém publicamente a assumir o que quer que seja em relação a isto. Nem o que se vai fazer, nem o que está projectado. Na verdade, publicamente só apareceu uma pessoa, o presidente da mesa da assembleia-geral do CAORG e deputado municipal pelo PSD, dr. Vítor Coelho da Silva (não confundir com o coordenador do Minderico.com) a falar disto.

Por agora, ficam aqui estas linhas. Durante esta semana, tentarei criar aqui links para artigos, posts e comentários nos sites e blogs de Minde em relação a isto. Tentarei também escrever, com tino, a minha opinião em relação a isto tudo.

Para reflectir, umas perguntas:

Sr. Político de Minde e Alcanena, sabe que projecto é este? Já leu o tal protocolo Caorg/Banda/Câmara? Já viu o tal projecto de construção para o Largo das Eiras?

Se respondeu sim, poderá fazer o obséquio de informar o Zé-povinho Minderico?

Abraços,
Pensar Minde
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ps: é miserável em Minde chegar-se a isto e terem de aturar-se estas coisas...

03/01/2007

o seu a seu dono

Saúda-se aqui o regresso da vereadora do PSD, dra. Ana Cláudia Cohen Coelho, às reuniões do executivo camarário de Alcanena.

Porque foi uma questão que levantou muita celeuma e que, apesar de ser de pormenor, acaba por ser das mais debatidas em cada eleição na Câmara de Alcanena (este assunto nas últimas eleições foi batido e rebatido), transcrevo aqui excerto da acta do executivo camarário de Alcanena do passado dia 27.11.2006, em que foi perguntado pela referida vereadora:

Questionou quem está habilitado a conduzir as viaturas da câmara, dado que já não é correcto os Vereadores, Presidente e Chefe de Gabinete andarem com a viatura da câmara 24 horas por dia, 7 dias da semana, muito menos será outras pessoas, que não estas, conduzirem os carros da câmara, como é o caso da companheira do Senhor Vice-presidente. É uma situação desagradável que deveria ser evitada. O Senhor Vereador tem o direito, como toda a gente, de emprestar os seus bens pessoais a quem entender, não pode é fazer o mesmo com os bens públicos, neste caso do município.”

Ao menos haja quem tenha frontalidade para levantar e denunciar alguns problemas e pequenos escândalos da nossa gestão autárquica. Neste caso é irrelevante quem conduzia o quê, quando e porquê. O que é facto é que esta é uma situação e um hábito que anda nas bocas do povo há muitos muitos anos...
E não nos podemos esquecer do processo, ESCANDALOSO, dados os valores envolvidos e a sua não necessidade, de compra dos carros para a Câmara de Alcanena que teve lugar no ano passado.

orçamento do estado 2007

Para reflectir:

Para 2007, as transferências que a freguesia de Minde vai receber directamente do estado, por via da participação das freguesias nos impostos do estado, serão do montante de € 59.593,00 (dá cerca de mil contos por mês).

O Município de Alcanena receberá transferências no total de € 4.640.917,00.

Nota: Aqui não estão contabilizadas muitas outras verbas que os municípios recebem, desde apoios, subsídios, etc., para além das verbas que recebem directamente dos impostos pagos pelos contribuintes (IMI, derrama, etc, etc)...

Fonte: orçamento do estado para 2007

27/12/2006

A taxa de Derrama em Alcanena

Inteiramente de acordo com este artigo no Portal Minderico: www.minderico.com/minderico/artigo.asp?cod_artigo=177533.
Os políticos tendem a ter um discurso politicamente correcto, tendem a passar a mão pelo pêlo de gregos e troianos. Neste momento de crise económica, política e social em que vivemos, precisamos de políticos que saibam pôr os pontos nos “iis”. Por isso é que a esmagadora maioria dos portugueses está com o 1º-Ministro José Sócrates e por isso é que é muito difícil alguém dizer mal dele ou das políticas, sem ficar alguém embasbacado a olhar.
Do que precisamos em Alcanena/Minde é de um José Sócrates. Alguém com um rumo e que não tenha medo de cortar a direito e definir políticas de médio-prazo para levantar o concelho.

Mas o que me leva a escrever são os recentes artigos, no Público e no Diário Económico, acerca das TAXAS DE DERRAMA para 2007.

Sabiam VExas. que o concelho de Alcanena desceu este ano a sua taxa de derrama, que estava fixada no máximo de 10%?

Motivo para aplauso? Não me parece. Antes pelo contrário.
É que a descida parou nuns singelos e surpreendentes 8%...!

Numa altura em que a indústria concelhia está a definhar (as fábricas de Minde estão a ser forçadas a reduzir efectivos), a Câmara Municipal de Alcanena, em vez de fixar a derrama em 0% – como a maioria dos concelhos portugueses a necessitar de empresas – fixa-a em 8%...

Para quem não sabe, a derrama é uma taxa que reverte para os municípios e que incide sobre a colecta de IRC das empresas. Actualmente, tem um máximo de 10%. Em 2007, com a nova lei das finanças locais que está em fase de apreciação da constitucionalidade (ainda gostava de saber qual a opinião das nossas forças políticas a esta lei...) a derrama vai ter um máximo de 1,5%, mas vai passar a incidir sobre o lucro tributável das empresas, o que na prática vai determinar que a base tributável vai aumentar e abranger muitos mais contribuintes (por ex.: os prejuízos fiscais reportáveis de anos anteriores e eventuais benefícios fiscais dedutíveis à matéria colectável deixam de ter qualquer impacto na derrama a pagar).

Neste momento começa a ficar claro que uma das soluções para Portugal seria ter uma política fiscal muito competitiva. Uma taxa de IRC de 10% ou 15%, por exemplo. Ora, a política das mentes brilhantes que aqui nos vão governando é somar à actual taxa de IRC de 25% uma taxa de derrama de 8%.

Se já é difícil captar indústria para Alcanena/Minde, acham que é assim que a vão captar?

Meus senhores, é tempo de acabar com esta aberração. Para mais, quando o rendimento que o Município tira desta taxa (que, com tranquilidade, desconheço) será muito diminuto, pois, como sabemos, neste momento as pequenas e médias empresas raramente apresentam lucro.
Mas, com a alteração à lei das finanças locais, muitas mais empresas irão pagar derrama. A machadada que o tecido empresarial está a levar vai ser muito maior.

Ganhem coragem, tenham visão e inteligência e coloquem a taxa de derrama a 0%.

Cumprimentos natalícios,
Pensar Minde

15/12/2006

declaração voto PSD na câmara

Através da vereadora na Câmara de Alcanena, Ana Cláudia Coelho, foram publicadas no Portal Minderico algumas rubricas do orçamento da Câmara.

Para minha surpresa, a Câmara já está a contemplar uma zona ou área industrial junto à A 1, presumo que no norte do concelho! É a prova que a sociedade civil, quando se mexe, funciona. Tanto se pediu, reclamou, ralhou, que o executivo camarário foi forçado a render-se às evidências, para mais quando, avançando 1 km em direcção a Fátima, já vemos uma área industrial a avançar a todo o vapor...
"O que tem que ser, tem muita força..." - sabem quem é que disse isto?

Como diz VMCS no minderico.com, temos de perguntar:
Qual é a posição dos outros partidos em relação a isto?
A dra. Asseiceira concorda? O eng. Meneses, já disse alguma coisa?
O vereador João José Silva?
E o PP?
E o PCP, com o Sr. Valdemar Henriques e seus correligionários de Minde, tão activos e com tantas ideias aquando das eleições?
E na junta? O Sr. António Fresco, a assembleia de freguesia, não têm nada a dizer quanto a isto?! Não é um assunto com importância para haver discussão, deliberação e tomada de posição?
E mesmo o grupo IFM, que se candidatou à Junta de Freguesia de Minde, só com membros do Covão do Coelho e do Vale Alto? Só serviram para as eleições, para fazer barulho?! Numa coisa tão importante e que os afectará directamente, não têm nada a dizer?!

Sabem o que é que se passa?
Está tudo a marinar, porque esta malta gosta de mostrar serviço é próximo das eleições e nas campanhas eleitorais.
Vão ver, nessa altura eles é que avisaram, eles é que defenderam, eles é que tiveram ideias...

É mentira. As oposições em Alcanena/Minde estão neste momento adormecidas.

Pelo menos que se saiba, porque a Câmara de Alcanena, com o dinheiro pago a informáticos e a técnicos nem consegue ter um site minimamente em condições nem disponibilizar as actas da assembleia municipal deste ano (actas essas que, rendo daqui homenagem ao secretário da assembleia, são normalmente um primor de pormenorização, qualidade descritiva dos trabalhos e facilidade de identificação dos assuntos e pessoas que tomam a palavra).

nota: O PSD parece que está a favor, pelo menos refere-se na declaração de voto que: “
6 - Foram consideradas as seguintes propostas do PSD:
a) Planos de Pormenor dos terrenos Junto à A1 para instalação de novos negócios / indústria
;”
Isto diz respeito à área industrial a criar no norte do concelho?

Um ponto importante também destes documentos previsionais é a taxa de realização dos investimentos projectados. É miserável! Miserável mesmo.
Esperemos que a Câmara não tenha a desfaçatez de efectuar uma engenharia orçamental, com os montantes aprovados e não realizados a serem reduzidos de ano para ano e servir para esconder/tapar outras despesas e dívidas...

Cumprimentos,
Pensar minde
.
CORRECÇÃO(19.12.2006):
Infelizmente, este post está errado. A área industrial referida na declaração de voto do PSD Alcanena não é a propalada zona industrial a criar no norte do concelho e da freguesia de Minde. Diz respeito, isso sim, à área industrial na zona da entrada da A 1 (p/ Lisboa e Porto) e da A 23 (p/ Torres Novas), como foi bem observado imediatamente nos comentários.
É pena. Pelos vistos, tanto o executivo camarário como um dos principais partidos políticos em Alcanena (e, sublinha-se, o partido que sempre ganha na freguesia de Minde...) não propôs à Câmara a execução de uma zona industrial no concelho e ainda não teve a frontalidade democrática de nos oferecer a sua posição relativamente a isso.
Vamos esperar por 2009?
Pensar Minde - 19.12.2006

11/12/2006

O referendo ao aborto

Trago hoje aqui ao blog um tema que a mim é-me pessoalmente muito caro.
O referendo à interrupção voluntária da gravidez, vulgo IGV, que foi marcado pelo Presidente da República para o próximo dia 11 de Fevereiro de 2007, terá a seguinte pergunta: “Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” (pergunta igual à do anterior referente de 1998).

Adianto já que votarei SIM nesse referendo. Tal como já votei em 1998 e por todas e mais algumas razões, que depois exporei, mas que neste momento já são sobejamente conhecidas da generalidade dos portugueses e, estou certa, dos Mindericos e alcanenenses.

A título de curiosidade, fui desencantar os resultados do anterior referendo, a nível nacional, concelhio e, claro, na freguesia de Minde (resultado que me deixou pessoalmente frustrada):

Resultados Nacionais:

SIM...........48,28%
NÃO........ 50,07 %
Brancos.......1,07%
Nulos.......... 0,57%

Abstenção.........68,11%

Concelho ALCANENA:

SIM............56,17%
NÃO..........43,83%
Brancos........1,31%
Nulos...........0,83%

Abstenção.........66,13%

Freguesia de Minde


Inscritos................2796
Votantes...............1133.........40,52%
Abstenções.........1663.........59,48%
Brancos ...................19........... 1,68%
Nulos .......................11........... 0,97%

SIM........... 400.................36.26%
NÃO...........703.................63.73%


Através da minha pessoa, o blog ‘Debater Minde’ fará campanha activa no próximo referendo de 11 de Fevereiro de 2007 pela votação no SIM e, acima de tudo, pela participação maciça dos Mindericos e Portugueses no referendo. Contamos influenciar algumas centenas de Mindericos e alguns milhares de Portugueses a partir deste blog...

Bjs mindericos,
Polge do Ninhou

08/12/2006

Chamada de atenção - ZI Minde

Aconselha-se a leitura do post do PM no Minde Online, respectivos comentários e a ainda a acta do executivo camarário aí referenciada:

Links:

E também em:

http://www.minderico.com/minderico/artigo.asp?cod_artigo=177069

nota: links respeitantes ao blog Xarales e ao portal Minderico.

A posição do Debater Minde em relação à zona industrial é igual à de todos os mindericos que se ouvem falar. Já vem tarde, muito tarde! Foi (é) o espelho da falta de competência e de vontade política dos sucessivos executivos camarários dos últimos anos.

E não só. As oposições também têm a sua quota-parte de culpa neste processo. Pequena, é certo, mas há culpa, porque podiam ter feito muito mais, pressionado muito mais.

Pensar Minde